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Deputados receberam em média R$ 780 mil para serem eleitos

Apenas as contas para os cargos legislativos foram analisadas; candidatos à Presidência e aos Governos Estaduais têm até dia 28 para entregar balanço

Por Agencia Estado
Atualização:

De acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram necessários, em média, R$ 780,69 mil em doações para eleger um deputado federal. O resultado foi divulgado depois do levantamento para apurar os valores totais das receitas e despesas declaradas pelos candidatos nas prestações de contas entregues à Justiça Eleitoral. O mesmo cálculo apontou que a eleição de um senador demandou R$ 2,95 milhões. No caso dos deputados estaduais/distritais, estima-se que a arrecadação média para eleger um membro de Assembléia Legislativa tenha sido de R$ 397,08 mil. De outro lado, considerando-se as despesas, estima-se que cada candidato tenha gasto, em média, R$ 395,64 mil para ser eleito. Foram eleitos 1.059 deputados estaduais/distritais em todo o País. Os números apontaram que a receita arrecadada para as campanhas de deputados estaduais e distritais aproximaram-se dos valores das campanhas para deputado federal. Candidatos a deputado estadual/distrital, de todas as unidades da federação, arrecadaram R$ 420.511.258,43, enquanto candidatos a deputado federal tiveram receita de R$ 400.496.958,81. Já os candidatos ao Senado Federal, que concorreram às 27 vagas disponíveis no pleito, arrecadaram R$ 79.886.012,61. O balanço do TSE levou em conta apenas as prestações de contas dos candidatos a deputado federal, deputado estadual/distrital e a senador. Valores referentes aos governadores e candidatos a presidente serão totalizados após a entrega de todas as prestações de contas, cujo prazo limite é 28 de novembro. Os candidatos a deputado federal por São Paulo foram os que mais arrecadaram recursos para a campanha: R$ 102.536.398,49. Já os que arrecadaram menos recursos foram os de Rondônia, com R$ 937.158,21. Os gastos dos deputados chegaram a R$ 399.192.043,38. O valor total das despesas dos candidatos ao Senado de todo o Brasil chegou a R$ 79.206.580,20. Os candidatos de Minas Gerais a senador foram os que mais gastaram: R$ 7.995.286,54. Os candidatos do Acre foram os que tiveram a menor despesa - 43.037,27. Depois, vêm os do Mato Grosso do Sul, com R$ 126.987,92, e os do Maranhão, com R$ 220.117,80. Sobras de campanha De acordo com o artigo 27 da Resolução 22.250/2006 do TSE, que disciplina a prestação de contas, ao final da contabilização de receitas e despesas dos recursos provenientes da campanha eleitoral, os partidos devem declarar na prestação de contas à Justiça Eleitoral eventuais sobras de recursos financeiros. As sobras, após julgados todos os recursos, devem ser transferidas aos partidos. No caso de coligação, são divididas entre os partidos que a compõem. A lei especifica que tais sobras devem ser utilizadas pelos partidos, de forma integral e exclusiva, na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa destinados à doutrinação e educação política. As sobras dos recursos financeiros são definidas pela Justiça Eleitoral como a diferença positiva entre os recursos arrecadados e as despesas realizadas em campanha e também como recursos provenientes de origem não identificada.

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