
24 de abril de 2009 | 13h26
Cinco deputados pediram investigação nas suas cotas de passagens aéreas. Isso porque haveria registro de pessoas desconhecidas como beneficiários dos bilhetes. A Casa trabalha com a suspeita de que haveria um esquema de venda de parte da cota de passagens para agências de viagens.
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Segundo matéria publicada na imprensa, funcionários de gabinetes teriam esquema com agências de viagens. As passagens seriam repassadas às agências, que depois seriam vendidas a consumidores comuns. O deputado, no entanto, ficaria com crédito na própria agência. A prática contraria o Regimento Interno da Casa.
Desconfiados de que teriam sido envolvidos nesse esquema, os deputados Nazareno Fonteles (PT-PI), Otávio Leite (PSDB-RJ), Vieira da Cunha (PDT-RS), Nelson Marquezelli (PTB-SP) e João Carlos Bacelar (PR-BA) pediram que a Casa investigue o caso.
Essa investigação será incluída na sindicância aberta pela Câmara para apurar irregularidades com o uso de créditos de passagens aéreas pelas agências de viagens. A sindicância foi instalada depois que o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, apareceu na lista de cota de passagens de um deputado. O ministro, no entanto, comprovou que comprou a passagem numa agência de viagens e o pagamento foi dividido em cinco vezes no próprio cartão de crédito.
A Câmara ainda precisa votar o projeto de resolução que estabelece as novas regras para o uso de passagens. No início da próxima semana, deverá fazer uma reunião de líderes para definir o texto da proposta. A ideia é permitir que apenas os deputados e assessores no exercício da função possam viajar. O texto poderá ser emendado em plenário, já que muitos deputados reclamam que, com as novas regras, não poderão levar suas esposas nas viagens.
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