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Deputados do PSDB cobram definição de candidatura

Por Agencia Estado
Atualização:

O PSDB abrirá amanhã a discussão dos critérios e da data para a escolha do candidato do partido à sucessão presidencial, em reunião da Executiva Nacional. Antes, porém, a bancada do PSDB na Câmara vai deflagrar um movimento, liderado por partidários do presidente da Casa, Aécio Neves (MG), em favor de que o nome do candidato seja definido o mais rapidamente possível pelos tucanos. Essa posição estará explícita em abaixo assinado que será entregue ao líder do PSDB, deputado Juthay Magalhães Júnior (BA). Na avaliação de parlamentares do PSDB, a definição do nome do candidato à corrida presidencial não pode mais ser adiada, sob pena de acirrar as divergências internas e, consequentemente, dificultar as alianças externas, necessárias para dar densidade eleitoral à candidatura. Preocupados com suas próprias reeleições, os deputados alegam que, se o nome for acertado, o candidato tucano terá condições de crescer nas pesquisas, fortalecendo eleitoralmente o partido. O deputado Juthay Magalhães vai ponderar junto aos colegas que há um compromisso com o presidente Fernando Henrique no sentido de deixar a definição para o próximo ano. "Mas, eles querem uma decisão para já", ressaltou o líder. Em meio às dificuldades para estabelecer os critérios e a data da escolha, os tucanos assistem ao crescimento da governadora Roseana Sarney (PFL-MA), assumindo o segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Ela desponta como preferida entre pré-candidatos do PSDB, como o ministro José Serra, da Saúde, e o governador Tasso Jereissati, do Ceará. "Na falta de alternativa ela ocupa o espaço", comentou um dirigente tucano, para quem há uma faixa expressiva do eleitorado que ainda não tem posição definida. Para os partidários do PFL, no entanto, a posição de destaque de Roseana já lhe credencia a ser cabeça-de-chapa da aliança governista. "Não há hipótese de inverter essa ordem. Se a coligação não desejar isso, o PFL se encontrará com os outros aliados no segundo turno", reagiu o ministro da Previdência Social, Roberto Brant, advertindo que a governadora não é "fruto de uma manipulação mercadológica". A exemplo do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), Brant acha que a aliança deve prevalecer em 2002. Apesar de defender a manutenção da aliança, Bornhausen, que se reuniu hoje com o vice-presidente Marco Maciel, considera importante a adoção de critérios. "Se o PSDB lançar candidato, vamos ver como as pesquisas estarão até junho", afirmou o pefelista. Diante das eventuais dificuldades de uma composição do PFL com o ministro José Serra, caso ele seja o indicado do PSDB, Bornhausen respondeu: "Eu não veto ninguém, mas quero critérios para a aliança". Na verdade, o PFL ainda alimenta uma composição com o PSDB, mas os partidários de Serra defendem, reservadamente, uma aliança com o PMDB para uma eventual chapa com o ministro.

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