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Deputados devem visitar cubanos deportados em Havana

Durante os jogos Pan-Americanos, no Rio, dois atletas desertaram da delegação cubana

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Por Redação
Atualização:

Um grupo de deputados deverá viajar a Havana para verificar como estão os boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que desertaram durante os jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, e depois foram localiziados e deportados para Cuba. Requerimento propondo a visita aos atletas cubanos foi aprovado nesta quarta-feira, 5, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, na Câmara.   O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), autor do requerimento, argumentou ser importante averiguar se eles estão sofrendo eventuais represálias das autoridades cubanas. "Uma série de procedimentos não foi cumprida na deportação, que permanece nebulosa e com pontos obscuros", afirmou Jungmann. A previsão do deputado é de que o grupo viaje a Havana ainda neste mês. A comissão deverá ser composta por três deputados: um de partido da base e um de oposição e o presidente da comissão, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS).   Tarso defende   No mês passado, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeua ação da Polícia Federal no episódio da deportação para Cuba.   Tarso negou que o Brasil tenha cedido a pressões do governo de Fidel Castro para capturar os atletas fugitivos - os pugilistas Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara - e disse que a Polícia Federal agiu estritamente dentro da legalidade. Segundo o ministro, os atletas tiveram toda a assistência jurídica e rejeitaram as ofertas de refúgio, manifestando o desejo reiterado de voltar para Cuba. Tarso negou que tenha sofrido qualquer ingerência ou pressão indevida para forçar o retorno dos atletas, ocorrida dois dias depois.   Para reforçar o argumento, Tarso disse que três outros fugitivos que pediram refúgio continuam no Brasil livremente. "Se estivéssemos a serviço do governo cubano, faríamos um pacote completo com os cinco fugitivos - os dois que pediram para voltar e os três que pediram refúgio", acrescentou o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, presente à audiência.

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