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Deputados depõem sobre ligações com Cachoeira

Por Eduardo Bresciani
Atualização:

Os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO) prestaram depoimento nesta terça-feira à comissão de sindicância instalada na Corregedoria da Câmara para investigar as relações deles com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O corregedor Eduardo da Fonte (PP-PE) afirma que os relatores do caso vão agora cruzar as declarações dadas pelos parlamentares com informações disponíveis na CPI do Cachoeira para concluir o trabalho. A expectativa é de votar os relatórios ainda neste mês. Após esta fase, a Mesa Diretora vai analisar se a conduta dos parlamentares merece ser analisada pelo Conselho de Ética."Todas as perguntas foram respondidas. Estamos agora na fase final e estamos fazendo o possível para votar até o dia 18 de junho, mas talvez seja necessário mais uma semana", disse Fonte.Leréia recebeu R$ 100 mil do contraventor, além de ser sócio dele em um terreno. Ele também foi um dos agraciados com um dos telefones Nextel distribuído por Cachoeira a integrantes do esquema. O deputado tucano diz ser amigo pessoal do contraventor e nega qualquer prática ilícita. O relator do seu caso, Jerônimo Goergen (PP-RS), afirma que vai ainda analisar se os indícios de quebra de decoro por Leréia persistem após seu depoimento. "Não faremos nem injustiça, nem omissão".O deputado Sandes Júnior aparece em gravações pedindo ajuda por algumas vezes a Cachoeira. Ele pediu ao contraventor para bancar uma pesquisa eleitoral, para patrocinar o time de seu filho e equipamentos de rádio. O deputado diz que as perguntas feitas pela comissão de sindicância se resumiram ao que já foi publicado na imprensa e se diz tranquilo em relação ao processo.O petista Otoni apareceu em um vídeo negociando com Cachoeira uma doação de R$ 100 mil para sua campanha eleitoral. O parlamentar, porém, não teria sido citado no inquérito da Polícia Federal que levou à prisão do contraventor.

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