PUBLICIDADE

Deputados da base já falam em renúncia de Temer

Reservadamente, um deputado do DEM afirmou que espera um 'gesto de grandeza' de Temer

PUBLICIDADE

Por Isadora Peron
Atualização:
Manifestantes marcharam pela Avenida Paulista, em São Paulo, e se concentram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília Foto: Alex Silva/Estadão

BRASÍLIA - Até mesmo deputados da base do governo já admitem que as notícias veiculadas nesta quarta-feira, 17, têm força para por fim ao governo Michel Temer.

PUBLICIDADE

Reservadamente, um deputado do DEM afirmou que espera um "gesto de grandeza" de Temer caso fique comprovado o teor da delação premiada da JBS.  O parlamentar se referia a uma possível renúncia do peemedebista. "Não tem outro jeito", afirmou.

Mais cedo, o próprio líder do DEM, Efraim Filho (PB), admitiu a possibilidade de um impeachment contra o peemedebista ser aberto no Congresso caso fique comprovado qye Temer cometeu crime de responsabilidade.

Alguns deputados governistas chegaram a participar de uma reunião com a oposição para debater que estratégias adotar diante das revelações.

Na delação premiada, divulgada nesta quarta-feira, o empresário Joesley afirmou que Temer deu aval a uma operação para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. Joesley teria gravado o diálogo com Temer, ocorrido no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu. A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira, 17, pelo site do jornal O Globo e confirmada pelo Estado.

Segundo o jornal, o empresário disse ao presidente que estava pagando mesada a Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. “Tem que manter isso, viu?”, teria afirmado Temer ao empresário. Joesley e seu irmão Wesley Batista firmaram um acordo de delação premiada. As gravações foram entregues à Procuradoria-Geral da República.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.