Deputado Vic Pires pede demissão do ministro da Pesca em CPI

Parlamentar do DEM diz que vai liberar vídeo em que ministro pede votos para a campanha de Lula em 2006

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Por Redação
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"Se esse governo é sério esse ministro tem que ser demitido", afirmou o deputado Vic Pires (DEM-PA), referindo-se ao ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, que presta depoimento à CPI mista dos Cartões Corporativos nesta quinta-feira, 10. O deputado da oposição leu aos membros da CPI um discurso que o ministro teria feito em outubro de 2006, no Pará, no qual pedia votos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições, ao mesmo tempo em que entregava carteiras aos trabalhadores da pesca. Veja também Necessidade de sigilo de dados não é eterna, diz general à CPI Ouça o 'melô dos cartões'  Ouça: Matilde Ribeiro fala sobre acusações na CPI À CPI, diretor da Abin defende sigilo da Presidência ARQUIVO:  Secretária da Igualdade Racial é líder em gastos, revela Estado  'Troquei de cartões na compra do freeshop', diz Matilde à CPI Gastos com cartões já somam R$ 9 milhões em 2008 Os ministros caídos  Entenda a crise dos cartões corporativos  O deputado afirmou que irá liberar à imprensa o vídeo em que o ministro discursa e supostamente pede votos ao presidente Lula durante agenda oficial do ministério. Gregolin afirmou que já respondeu na justiça pelo fato e que a ação foi arquivada. Antes, o ministro defendeu o uso dos cartões porque, em sua opinião, permitem maior transparência do uso de recursos públicos, uma vez que todos os gastos são publicados no Portal da Transparência, na Internet. Com tais cartões, enfatizou, é possível maior controle desses gastos por parte da sociedade. Para o ministro, o cartão corporativo, criado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, representa importante instrumento de transparência dos gastos públicos. Em sua opinião, esse dispositivo deve ser adotado pelos próximos governos. Gregolin disse ainda que tal transparência permite redução dos gastos do governo. O ministro exemplificou com seus gastos com o cartão. Em 2006 e 2007, foram gastos aproximadamente R$ 36 mil com despesas de alimentação, hospedagem e transporte para cumprimento de compromissos do ministério. Ele disse que esses gastos passariam de R$ 41 mil caso recebesse diárias do governo. O ministro afirmou também que jamais fez utilização do cartão para efetuar saques em dinheiro. (com Agência Senado)

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