O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse a Agência Estado nesta terça-feira, 6, que está coletando novas assinaturas para apresentar requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Campo. De acordo com o deputado, além de investigar repasses de verba ilegal da União para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), a comissão deverá investigar também a questão da reforma agrária no País "como um todo".
"Cerca de 77 milhões de hectares já foram usados no Brasil para fins de reforma agrária, e apenas 3% estão emancipadas, ou seja, o restante até hoje depende de dinheiro público para sobreviver. Isto precisa ser investigado também", defendeu Lorenzoni.
Os deputados Lorenzoni, Ronaldo Caiado (DEM-GO), e a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) apresentaram no mês passado um requerimento para criação de uma CPI mista para investigar o MST. Porém, na quinta-feira, 1º, um dia após a leitura do requerimento em sessão plenária do Congresso Nacional, a Mesa Diretora do Senado informou que três deputados haviam retirado a assinatura na última hora. O documento foi arquivado porque não continha o número de assinaturas mínimo exigido pelo regimento.
Na ocasião, em nota, o MST argumentou que a tentativa de instalação da CPI mista era " uma represália às lutas pela revisão dos índices de produtividade". O movimento afirmou ter recebido apoio de entidades, intelectuais, professores, juristas, escritores, artistas e cidadãos do país e do exterior, o que teria estimulado a desistência de deputados e impedido a instalação da comissão.
A decisão de transformar o requerimento de criação da CPMI do MST para CPMI do Campo, com mais objetos de investigação, foi tomada em reunião da bancada do DEM. Para garantir a criação da CPMI são necessárias 27 assinaturas do Senado e 171 da Câmara.
Em entrevista à Agência Brasil, a senadora Kátia Abreu informou que também iá recolher novas assinaturas no Senado e na Câmara para instalação da CPMI.
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Com informações da Agência Brasil