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Deputado não comenta as suspeitas da polícia

Paulinho afirma que nota divulgada pela Força Sindical traz explicações sobre o caso; em documento, central declara que vai esperar apuração

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Por Redação
Atualização:

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente do partido em São Paulo e da Força Sindical, não quis falar sobre a investigação da Polícia Federal, que o cita diversas vezes. Ele demonstrou irritação ao ser abordado sobre o suposto esquema de desvios de recursos públicos do BNDES. "Não vou me manifestar", disse. O Estado insistiu reiteradamente para que Paulinho se manifestasse sobre as suspeitas da PF e o fato de a Operação Santa Tereza tê-lo filmado no corredor da Câmara, ao lado de João Pedro de Moura. Ainda assim, o parlamentar não se dispôs a falar. "Tudo que é relacionado a isso está na nota da Força. Vou desligar o telefone." A nota da Força, a que Paulinho se referiu, foi divulgada na tarde de quarta-feira, quando a Santa Tereza foi deflagrada e prendeu 10 suspeitos, inclusive João Moura, amigo e ex-assessor de Paulinho, e o advogado Ricardo Tosto, defensor do deputado em ações eleitorais. "A Força Sindical, assim como a sociedade, tomou conhecimento da operação da Polícia Federal em São Paulo através dos meios de comunicação. A central sindical, sempre pautada pela transparência e prudência, irá aguardar a apuração dos fatos para se pronunciar definitivamente." A Força destacou que há 5 meses indicou Tosto, "um dos mais conceituados advogados do País", para representar a entidade no conselho consultivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Reafirmamos nosso apoio e confiança no dr. Ricardo Tosto", acrescenta a nota da Força. A defesa do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, citado em conversas telefônicas interceptados pela PF, não foi localizada. O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), nega as irregularidades na obtenção de financiamento de R$ 126 milhões do BNDES para obras de urbanização e saneamento na cidade. Em nota de sua assessoria de imprensa, afirma que R$ 40 milhões já foram liberados, que as obras beneficiarão mais de 50 mil pessoas e que lamenta eventual bloqueio dos repasses. A nota afirma que o financiamento foi aprovado "graças ao empenho pessoal do prefeito, sem intermediações" e que ele "empreendeu uma verdadeira peregrinação entre Brasília e Rio de Janeiro" para obter os recursos. Para o prefeito, "a proposta (de financiamento) foi aprovada porque apresentou projetos coerentes e mostrou organização".

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