Deputado foragido se entrega à PF em Maceió

Todos os presos da Operação Ressugere são acusados de formação de quadrilha e crimes de pistolagem

Por Ricardo Rodrigues
Atualização:

O deputado estadual afastado João Beltrão (PMN) se entregou neste sábado, 12, à Polícia Federal, em Maceió. O parlamentar estava com prisão temporária e se encontrava foragido desde sexta-feira, 11, quando foi deflagrada a Operação Ressugere (ressurreição, em Latim), que prendeu outros dois deputados estaduais afastados: Antônio Albuquerque (sem partido) e Cícero Ferro (PMN). Foram presas também durante a operação outras cinco pessoas. Todos os presos são acusados de formação de quadrilha e crimes de pistolagem. Beltrão chegou à sede da PF no bairro de Jaraguá, no início da manhã, acompanhado do advogado José Fragoso. Antes disso, ele esteve no Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), onde foi submetido a exame de corpo delito. O deputado foi recebido pelo delegado Antônio Miguel, que estava de plantão na sede da PF. Segundo ele, com a prisão de Beltrão, apenas três mandados de prisão ainda não foram cumpridos, mas a polícia não pode revelar os nomes para não prejudicar as diligências. Beltrão é acusado de mandar matar José Gonçalves da Silva Filho - conhecido como Cabo Gonçalves, assassinado a tiros, em Maceió, em maio de 1996. O advogado José Fragoso disse que vai entrar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça para tentar soltar Beltrão, que está preso na carceragem da PF junto com Albuquerque e Ferro.   Beltrão é acusado de mandar matar José Gonçalves da Silva Filho - conhecido como Cabo Gonçalves, assassinado a tirnos, no antigo Postyo Veloz, na Via Expressa, em Maceió, em maio de 1996. Antes de morrer, Gonçalves deu entrevista denunciando ex-tenente-coronel PM Manoel Franscisco Cavalcante, de praticar crimes a mando de Beltrão.   O advogado José Fragoso disse que vai entrar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça para tentar soltar Beltrão, que está preso na carceragem da PF junto com Albuquerque e Ferro. Fragoso disse ainda seu cliente alega inocência, que não se entregou antes porque estava viajando e se sentindo perseguido, desde que foi indiciado pela PF na Operação Taturana, que apura o desvio de mais de R$ 280 milhões dos cofres da Assembléia Legislativa de Alagoas.

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