
29 de novembro de 2011 | 07h18
"Todos ficaram receosos, senhor secretário de Segurança Pública, receosos do seu poder. Ou alguém tem alguma dúvida sobre o grampeamento que existe em todo o Estado de São Paulo? Que deputado desta Casa pode falar sem receio que não tem seu telefone sob escuta?", indagou Campos em discurso feito no plenário da Assembleia Legislativa na última quarta-feira. "Que venha um deputado a esta tribuna e diga: ?Meu telefone não tem nenhuma censura?. Quero um só. Se vier esse deputado temos de encaminhá-lo para a escola infantil de Americana, onde seu neto estuda, tamanha a ingenuidade", continuou.
O deputado reclamou da falta de informações oficiais sobre o processo que envolve as escutas e disse que fará um questionamento oficial ao governo. "São elaborados ofícios informando a Corregedoria (da Polícia Civil), o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de que foram solicitados esses grampos, e para por aí", sustentou. "Não se sabe quanto tempo continua nem qual é o destino dado às conversas ouvidas. É por isso que nos próximos dias faremos um requerimento, para que sejamos informados do resultado desse grampeamento desmedido e criminoso". A Secretaria de Segurança não se manifestou sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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