03 de março de 2010 | 17h21
A presidente em exercício da Comissão de Ética da Câmara Distrital, Érika Kokay (PT), foi escolhida para relatar o processo contra a deputada Eurides Brito (PMDB) por quebra de decoro parlamentar. Eurides é suspeita de ser beneficiária de um suposto esquema de corrupção no Distrito Federal e foi flagrada em um vídeo guardando maços de dinheiro em uma bolsa.
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A deputada petista foi escolhida para o cargo por sorteio na reunião extraordinária da comissão, realizada nesta quarta-feira, 3. Eurides Brito tem até o dia 1º de abril para apresentar sua defesa à comissão. Em seguida, a relatora tem cinco sessões ordinárias para apresentar o parecer. Caso a comissão vote pela cassação de Eurides, o processo irá para a Comissão de Constituição e Justiça e, depois, para o Plenário da Casa. Para ser cassado o mandato da deputada, o processo precisa ser aprovado por 13 dos 24 deputados distritais.
Eurides Brito alega que, no vídeo, estaria recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, a mando do ex-governador Joaquim Roriz, adversário político do governador licenciado José Roberto Arruda (sem partido). Érika Kokay informou que pretende convocar Durval e Roriz para depor na comissão.
A Comissão de Ética abriu processos também contra os ex-deputados Leonardo Prudente (sem partido), que aparece em filmagem colocando dinheiro nas meias e no terno, e Junior Brunelli (PSC), que foi flagrado orando em agradecimento à suposta propina. Os dois renunciaram ao mandato e, por isso, escaparam da cassação e da perda de direitos políticos.
Eurides Brito foi notificada na última terça-feira, 2, do processo e agora não pode renunciar para fugir de uma possível cassação.
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