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Deputada do PSDB promete oposição dura contra taxa de juros

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Por Agencia Estado
Atualização:

A economista e deputada federal Yeda Crusius (PSDB-rs), afirmou que ficou supresa com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros em 26,5%, sem viés. A deputada não vê "explicação técnica" para que o Copom não tenha baixado a taxa de juros. Ela promete oposição dura com "fiscalização e denúncia". Crusius disse que vai querer saber a quais interesses o governo está atendendo, relacionando a atual conduta do Banco Central com possíveis acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "O PSDB vai querer saber os porquês da câmara americana de comércio (no Brasil) ter fechado com Lula logo após à viagem de José Dirceu aos Estados Unidos, em setembro passado", afirma Yeda Crusius. "É uma crueldade com os agentes sociais o que o atual governo está fazendo", diz ela, em referência "a intensidade" (o tempo de permenência) de uma Selic alta. Para a economista, em um primeiro momento, quando o governo Lula tomou a decisão de aumentar a taxa de juros e também o superávit primário para 4,25%, era justificado para assegurar a confiança dos mercados. A questão é que o sub-produto das duas medidas é muito ruim, porque superávit significa corte de gastos, observa Crusius, reforçando que o governo está sendo "cruel" neste primeiro trimestre com a população mais pobre, porque cortou "o colchão que serve de alívio entre as medidas austeras e a população carente". Yeda participa, em Bruxelas, da XVI Conferência Interparlamentar UE-América Latina, que reúne mais de 300 parlamentares da UE e do Parlamento Latino-Americano (Parlatino) para debater as consequências da integração comercial entre os diversos blocos.

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