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Deputada aciona PGR para que Kroll devolva dinheiro à Câmara

Empresa foi contratada por R$ 1,18 milhão pela CPI da Petrobrás para investigar alvos da Lava Jato

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Por Daniel de Carvalho
Atualização:

Brasília - Membro da recém-encerrada CPI da Petrobrás, a deputada Eliziane Gama (Rede-MA) protocolou na tarde desta sexta-feira, 23, uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a empresa de espionagem Kroll, contratada pela Câmara para investigar 12 personagens da Operação Lava Jato, devolva o R$ 1,18 milhão que recebeu.

A empresa, que deveria encontrar ativos dos investigados no exterior, entregou à CPI apenas um relatório com colagens de reportagens e informações sigilosas dos investigados repassadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

Hugo Motta (PMDB) e Luiz Sérgio (PT), que foram respectivamente presidente e relator da CPI da Petrobrás Foto: ANDRE DUSEK|Estadão

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"É imperioso salientar outros possíveis objetivos escusos que ensejaram a contratação da empresa", diz a parlamentar na representação, salientando que a empresa foi contratada sem licitação pública.

No texto, a parlamentar aponta para "a lesividade dos atos das autoridades do Poder Legislativo Federal responsáveis direta ou indiretamente pelo possível prejuízo ao erário".

O trabalho da empresa de espionagem foi mencionado em apenas duas páginas do relatório aprovado na madrugada desta quinta-feira, 22, na CPI.

A Kroll decidiu não renovar o contrato com a Câmara depois que houve vazamento dos nomes dos investigados, encerrando os trabalhos antes de chegar a qualquer conclusão.

A lista de investigados inclui delatores do esquema de corrupção da Petrobras, como o lobista Julio Camargo, que acusou Cunha de receber propina de US$ 5 milhões em seu depoimento, e até mesmo Stael Fernanda Janene, viúva do deputado José Janene (PP-PR). Além de ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras e de empreiteiros, também há o nome do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

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