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Depoimento de Palocci é 'bomba', diz cientista político

Ainda assim, Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria, avalia que nada mudará na estratégia do PT de manter em curso a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2018

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Por Cristina Canas (Broadcast)
Atualização:

O cientista político e sócio da Tendências Consultoria, Rafael Cortez, considerou o depoimento do ex-ministro Antônio Palocci ao juiz Sérgio Moro “uma bomba”. Ainda assim, avaliou que nada mudará na estratégia do PT de manter em curso a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2018. “Acho que o principal entrave para a candidatura Lula continua sendo no plano jurídico, a despeito do desgaste decorrente das frases do depoimento do Palocci”, disse.

O ex-ministro Antonio Palocci (PT) foi presono dia 26 de setembro de 2016, durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de 'Omertà' Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

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Na percepção de Cortez, Lula deve insistir na disputa porque é parte da estratégia do partido e da defesa do próprio ex-presidente um “suposto impedimento do político da sua candidatura”. Ele avalia que esse discurso tem começo, meio e fim, iniciando-se com o impedimento da presidente cassada Dilma Rousseff, que seria uma resposta às políticas sociais, “a um governo baseado no social, que seria a marca do petismo”.

Protagonismo. Cortez ressalta ainda que uma candidatura do PT é importante para que o partido não perca protagonismo no campo da esquerda, mesmo se tiver uma derrota em 2018. “É o mínimo do que o PT tem que fazer em 2018, continuar sendo o ponto focal do sistema político da esquerda. Mesmo que haja esse desgaste, politicamente faz sentido o Lula lutar por uma candidatura”, afirmou.

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