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Denúncias são 'normais' e não afetam candidatura na Câmara, diz Alves

Deputado candidato à presidência da Casa é acusado de favorecer ex-assessor em esquema de licitações

Por Aline Reskala
Atualização:

BELO HORIZONTE - Candidato favorito à presidência da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse nesta quarta-feira, 16, em Belo Horizonte, que "os questionamentos" sobre as denúncias que envolvem seu ex-assessor são "normais" e não devem afetar sua candidatura à presidência da Câmara. Ele se reuniu com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e lideranças mineiras em busca de votos da bancada do Estado, que tem 53 deputados federais. "Não considero denúncias, mas questionamentos normais. Uma pessoa que tem o tempo de vida pública que eu tenho, eu considero questionamentos normais que nós temos o dever de explicar, que nos compete encarar com naturalidade, e as explicações eu já dei", disse Alves."Se eu for somar aqui o número de emendas dos últimos dez anos, de convênios, que eu já carreei para meu estado, daria umas 1.000. Quando eu somo o número de valores que eu consegui corretamente carrear para o meu estado, seriam milhões. Por isso eu acho que não é denúncia, é questionamento, que da minha parte eu esclareci. Portanto, esse assunto está resolvido".Aluízio Dutra de Almeida, assessor de Alves até o último final de semana, é sócio de uma empresa, a construtora Bonacci, que recebeu dinheiro por meio de emendas parlamentares indicadas pelo próprio deputado.Segundo o deputado, o assessor deixou o cargo porque "sentiu-se como se fosse um elemento de embaraço e provocando distorções políticas". E voltou a dizer: "Eu não tenho 11 mandatos por mágica não, eu tenho 11 mandatos porque eu cumpro meus deveres com meu estado, e meu dever, ontem, hoje e amanhã, será sempre carrear recursos aos municípios e estados brasileiros, ao meu estado. Então isso eu faço. Então, a partir daí, como isso vai se desenvolver, os órgãos públicos que vão aplicar esses recursos, a licitação que será feita por esse ou por aquele órgão, quem vai fiscalizar, CGU (Controladoria Geral da União), Tribunal de Contas, não me compete. Me compete buscar recursos".O deputado ainda rebateu o adversário Júlio Delgado (PSB-MG), que esteve em Minas na véspera também em busca de apoio da bancada mineira e disse que o PMDB ficaria hegemônico demais com a eleição de Alves. "Respeito muito o Júlio, mas ele não foi feliz. O PT e o PMDB têm uma aliança que não é de agora. Estou tento apoio de partidos da oposição e do governo".

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