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Denúncias contra Jader podem ajudar petista

Por Agencia Estado
Atualização:

A situação do líder do bloco de oposição no Senado, José Eduardo Dutra (PT-SE), melhora a medida que o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), se enfraquece por causa das novas acusações de irregularidades relacionadas a um golpe de US$ 4 milhões na venda de Títulos da Dívida Agrária (TDAs). Até o comando do PFL recuou e admitiu que é pouco provável que o partido consiga reunir provas sobre a suposta participação de Dutra na violação do sistema secreto de votação eletrônica. Dirigentes do PFL consideram que a iniciativa do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), que estuda a possibilidade de enviar uma representação contra Dutra ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, é isolada e perdeu força diante da declaração do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Para ACM, que teve de renunciar para não ter seu mandato cassado sob acusação de envolvimento na fraude do painel eletrônico, Dutra não está envolvido no caso. "A prova que Geraldo Althoff procura teria de vir de Antonio Carlos Magalhães", disse um integrante da executiva do PFL. "Mas, depois de ACM dar aquela declaração, a ação contra Dutra perdeu força", acrescentou. O petista ainda tem mais um motivo para comemorar: o presidente do Conselho, Ramez Tebet (PMDB-MS), que ficará no comando da comissão até às véspera de assumir o Ministério da Integração Nacional, deve indeferir o pedido de Dutra para que as investigações sobre as irregularidades no sistema de votação sejam reabertas. Além disso, já há consenso entre os integrantes do Conselho que há "entraves políticos" para o Senado instaurar um novo inquérito da violação no painel, desta vez para apurar a ligação de Dutra no escândalo. A investigação envolvendo ACM e o ex-senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) foi arquivada por Jader Barbalho após a renúncia dos dois. A proposta de abrir um novo procedimento relativo ao episódio foi sugerida como alternativa por Dutra depois de ele verificar que não há fundamento regimental para se desarquivar o caso. Hoje, Geraldo Althoff (PFL-SC) disse que sua assessoria jurídica, encarregada de reunir provas contra Dutra, não havia conseguido ainda identificar "nada contra o petista". "Ainda não temos nada e se não existir fatos contra ele, vamos desistir", admitiu. "Mas isso será decidido na hora oportuna", completou.

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