
20 de janeiro de 2015 | 16h52
Brasília - Em nota divulgada na tarde desta terça-feira, 20, o Ministério da Justiça informou que recebeu o material encaminhado pelo líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), sobre a suposta gravação envolvendo seu nome. Cunha disputa a Presidência da Casa e denunciou uma nova tentativa de "alopragem" contra sua candidatura.
Segundo o Ministério da Justiça, o ministro interino Marivaldo Pereira encaminhou o áudio de pouco mais de três minutos à Polícia Federal. O ministro José Eduardo Cardozo está em férias, na Europa.
Mais cedo, o peemedebista resolveu se antecipar a possíveis vazamentos e chamou os jornalistas para dizer que fora vítima de mais uma "farsa" criada para prejudicar sua candidatura ao comando da Casa.
De acordo com o deputado, a suposta escuta telefônica seria anexada em um inquérito, mas ele não soube dizer se o material seria incorporado às investigações da Operação Lava Jato. No áudio, um dos homens reclama que Cunha está "se dando bem" pois será presidente da Câmara, mas que o Ministério Público está pressionando-o e ameaça jogar a "merda no ventilador".
No diálogo, o suposto "aliado" de Cunha - que poderia ser o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca - diz que não será abandonado e que não ficará sem dinheiro.
"Essas ''alopragens'' são feitas para colocar as pessoas em situações desagradáveis", comentou o deputado, para quem a gravação tinha como objetivo essencial montar uma farsa para constrangê-lo.
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