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Demóstenes tem até terça-feira para apresentar defesa, diz líder do DEM

ACM Neto disse que partido pretende ser veemente e projetou expulsão do senador

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O DEM foi intransitivo: o senador Demóstenes terá até terça-feira, 3, para apresentar explicações em defesa das denúncias sobre explorar jogos de azar através de relações flagradas por grampos telefônicos com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O prazo máximo foi reforçado nesta segunda-feira, 2, pelo líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto, em entrevista a rádio Estadão/ESPN, na qual enfatizou também que o partido será veemente na punição. "Demos o prazo máximo de até amanhã (terça-feira) para o senador trazer uma defesa contundente e consistente ao partido, o que será muito difícil face às denúncias. Mesmo assim, ele terá o direito de se defender. O DEM, no entanto, não vai hesitar em puni-lo", garantiu o deputado. Alvo de grampos telefônicos em que demonstra intimidade com Carlinhos Cachoeira, a quem chegou a chamar de "professor", Demóstenes complicou-se ao tentar explicar as relações com o chefe de esquema de jogos de azar investigado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Sobre os mesmos grampos, ACM Neto considerou que não há como negar que a relação entre Cachoeira e Demóstenes fosse meramente pessoal, mas que envolvia também o mandato parlamentar do senador. O deputado lembrou das especulações da renúncia de Demóstenes ao cargo, mas ponderou já que decisão é unilateral. Mas a eventual renúncia de Demóstenes não o livra, automaticamente, do risco de se tornar inelegível. Pela Lei da Ficha Limpa, declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os políticos que renunciarem ao mandato após o oferecimento de representação por quebra de decoro ficam inelegíveis pelo período restante do mandato e pelos oito anos seguintes. Na semana passada, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) protocolou no Conselho de Ética do Senado uma representação contra Demóstenes por quebra de decoro. No entanto, a peça ainda não foi formalmente recebida, porque o colegiado está sem presidente desde setembro do ano passado. Como o vice-presidente do conselho, Jayme Campos (DEM-MT), se declarou incompetente para receber a representação, ela foi encaminhada para a consultoria jurídica do Senado.

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