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Demóstenes: Dilma pode ter de explicar venda da Varig

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Por Ana Luísa Westphalen
Atualização:

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou hoje que a denúncia de que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria favorecido investidores na venda da Varig deve ser investigada e pode motivar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Ele defendeu que, se as afirmações feitas pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu ao jornal O Estado de S. Paulo forem confirmadas, "a ministra tem que vir ao Senado". Segundo a Agência Brasil, ele pede que Denise seja chamada com urgência para prestar esclarecimento aos senadores. Em reportagem publicada hoje, Denise Abreu relatou que foi pressionada pela ministra da Casa Civil e pela secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra, a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano Matlin Patterson e a três sócios brasileiros sem checar a origem dos recursos. "A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil", disse Denise Abreu ao Estado. Demóstenes afirmou que a denúncia "tem todos os ingredientes para se tornar grandiosa". "É um escândalo que envolve diretamente Dilma Rousseff, sua assessora, Erenice Guerra, chegando supostamente ao suborno a um juiz de Direito, à configuração de empresas fantasmas, à troca de um procurador-geral da Fazenda Nacional e à utilização de um compadre do presidente da República, que é advogado", avaliou.

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