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Demissões na Infraero não têm relação com CPI, diz Pires

Ministro afirma que governo não teme investigações sobre o caos aéreo no País

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Defesa, Waldir Pires, negou, nesta terça-feira, que o governo, ao demitir servidores da Infraero, esteja tentando evitar a instalação de uma CPI do Apagão Aéreo. "Não. Absolutamente, não", afirmou o ministro, acrescentando: "O governo cumpre os seus deveres, no exercício do controle interno. Neste governo, o controle interno é altamente eficiente." A instalação da CPI ainda depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao chegar a um hotel em Brasília, para a abertura da 10ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, Waldir Pires afirmou também que o governo não teme investigações de uma CPI sobre os freqüentes períodos de caos no tráfego aéreo do País. Na segunda-feira, foram demitidos na Infraero o diretor comercial, José Wellington Moura, e o superintendente de Planejamento e Gestão, Fernando Brendaglia. Além deles, saíram os advogados Napoleão Guimarães Neto e Márcia Gonçalves Chaves, da assessoria jurídica da estatal. A oposição diz que o objetivo do governo, com as demissões, é o de esvaziar a CPI. As demissões ocorreram no auge de uma guerra de bastidor entre o ex-presidente da Infraero, deputado Carlos Wilson (PT-PE) - que contratou Moura e Brandaglia -, e seu sucessor no comando da empresa, brigadeiro José Carlos Pereira, que manteve a dupla no quadro de funcionários. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem investigando uma licitação suspeita da Infraero para compra de 79 ônibus no valor de quase R$ 50 milhões, que o brigadeiro terá de explicar. Porém, o motivo oficial das demissões, sugeridas pela Controladoria-Geral da União (CGU), envolve cifras bem mais modestas - cerca de 0,02% do valor dos ônibus - e a comprovação de irregularidade em um contrato da Infraero com a Shell Brasil.

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