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DEM quer que Chinaglia impeça manobra 'pró-infiéis'

Por DENISE MADUEÑO E EUGÊNIA LOPES
Atualização:

O DEM divulgou nota oficial cobrando uma posição firme do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), contra a possibilidade, já em estudo por partidos da base, de burlar uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de hoje de tirar o mandato dos deputados que trocaram de partido. "Os Democratas exigem que o presidente da Câmara manifeste repúdio absoluto à ação noticiada pela imprensa. E que, com o poder que lhe foi conferido pela Casa, conclame a todos e à Nação brasileira ao cumprimento irrestrito da decisão da Suprema Corte, e da lei", afirma a nota. O próprio Chinaglia encomendou um estudo à secretaria da Mesa para definir quais os ritos a serem adotados caso o Supremo decida pela cassação do mandato dos deputados. Em reunião com dois ex-presidentes da Casa, Michel Temer (PMDB-SP) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), e parlamentares advogados ou com origem no Judiciário, como os deputados Flávio Dino (PCdoB-MA) e José Eduardo Cardozo (PT-SP), ficou decidido que Chinaglia não vai cumprir imediatamente uma eventual decisão do Supremo pela perda de mandato dos deputados "infiéis". A idéia é fazer um projeto de resolução, a ser votado pelo plenário, que estabeleça o rito que a Câmara deverá seguir, abrindo ampla defesa para os deputados, para cumprir a eventual decisão. A divulgação de que Chinaglia não vai acatar imediatamente uma eventual decisão do STF irritou o DEM, uma das legendas que entrou ao Supremo com pedido de retomada dos mandatos dos deputados que fizeram troca partidária.

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