PUBLICIDADE

DEM pede renuncia de Edmar Moreira da Câmara

Por AE
Atualização:

O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), defendeu, em nota oficial divulgada no início da noite de hoje, que o deputado Edmar Moreira renuncie à segunda vice-presidência da Câmara. Em entrevista na tarde desta quinta-feira, Moreira disse que não via motivos para renunciar. Maia informou que Edmar Moreira será submetido à Comissão de Ética do partido. Moreira se candidatou para o cargo sem o apoio da bancada, que escolheu o deputado Vic Pires Franco (PI) para ocupar o cargo na Mesa Diretora destinada ao partido. O deputado mineiro não disputou sequer a indicação na bancada e não atendeu aos apelos para que não se candidatasse como avulso na disputa no plenário. "As recentes declarações do deputado Edmar Moreira no sentido de retirar do Parlamento o poder de julgar seus membros são frontalmente contrárias à filosofia do Democratas", destacou a nota. O deputado foi denunciado à Justiça pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por suspeita de se apropriar ilegalmente de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) feita por seus empregados de empresa de vigilância. Outro fato, no entanto, tem chamado a atenção dos parlamentares: a propriedade de um castelo de estilo medieval no distrito de São João de Nepomuceno, na Zona da Mata mineira. "Somadas suas últimas atitudes às denúncias de contradição nas informações de sua declaração de bens, o Democratas considera, por outro lado, que quaisquer decisões, mesmo que corretas, tomadas pelo referido deputado, no exercício das suas funções, serão sempre eivadas de suspeição, com evidentes prejuízos para a imagem do Poder Legislativo. O conjunto de fatos expostos recomenda, como solução adequada, sua imediata renúncia à segunda vice-presidência da Câmara", diz a nota oficial. Em outro trecho, Maia diz que "o Democratas repele e considera incompatível com o rigor ético do partido as declarações do deputado federal Edmar Moreira, de Minas Gerais, recém-eleito corregedor da Câmara" e considera "inaceitável colocar-se a solidariedade fraterna entre colegas acima do compromisso essencial com a moralidade parlamentar".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.