DEM manifesta apoio a comandante militar da Amazônia

Por Cida Fontes
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A Executiva Nacional do DEM manifestou hoje apoio ao comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que definiu como "caótica" a política indígena do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a demarcação da área contínua da reserva Raposa Serra do Sol. Em nota distribuída à imprensa, o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o general advertiu que a questão indígena tornou-se "ameaça interna" à soberania brasileira na Amazônia, referindo-se à necessidade de revisão do decreto presidencial que criou a reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. "A pretexto de transformar tribos em ''supostas nações independentes'', ONGs estrangeiras interessadas em consolidar a invasão do território nacional agem livremente na reserva, que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana", afirma a nota. Segundo o deputado, o governo deveria levar em conta a advertência do oficial. Contudo, o governo exige que o general Heleno explique as afirmações, que segundo o DEM foram "feitas com base em fatos e informações incontestáveis". "Com o pedido de explicações, o governo busca intimidar, ameaçar e silenciar o comandante militar da Amazônia com o objetivo de enfraquecer a posição de todos os que defendem a revisão da política indigenista do governo, porque ela implica ameaça à segurança nacional." MST O DEM criticou também o governo por atuar "com permissividade e leniência ante as ilegalidades de grupos que investem contra a democracia, o Estado de direito e a segurança pública". "É com apoio, estímulo e financiamento público que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) pratica ações ilegais de norte a sul do País e achincalha o direito de propriedade previsto na Constituição sem receber sequer uma advertência dos responsáveis pela ordem pública". O deputado ainda acusa o governo de transferir recursos para o MST. "Com que direito o governo transfere, sem prestar contas ao Congresso e à opinião pública, recursos públicos cada vez mais volumosos para financiar as jornadas de crime e de terror do MST? Qual a justificativa para doar verbas que deveriam acudir problemas de saúde, educação e moradia das pessoas, a quem cria ambiente de insegurança jurídica que resultará na imposição de pesados prejuízos ao País e a todos os brasileiros?"

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