02 de junho de 2020 | 12h16
A direção nacional do DEM decidiu na manhã desta terça-feira, 2, expulsar de forma sumária do partido a militante de extrema direita Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter. Em nota, o presidente da sigla, Antonio Carlos Magalhães Neto, que é prefeito de Salvador, disse que o partido repudia "de forma veemente" quaisquer atos de violência ou atentatório às instituições brasileiras.
Alvo da PF, ativista bolsonarista Sara Winter xinga e ameaça perseguir Alexandre de Moraes
A resolução partidária justifica a decisão pelo envolvimento da ativista em movimentos radicais contra o Estado de Direito e o regime democrático. "Aplicar à filiada Sara Fernanda Giromini a medida disciplinar de expulsão com cancelamento de filiação partidária ante o cometimento de infração estatutária de natureza grave", determina.
Sara Winter está entre os 20 alvos da operação da Polícia Federal realizada no dia 27 e determinada pelo ministro do STF Alexandre Moraes no inquérito que apura ameaças, ofensas e disseminação de fake news contra integrantes da Corte e seus familiares. Depois da ação da PF, a militante gravou um vídeo no qual disse que iria "infernizar" a vida do ministro do STF.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por meio de seu advogado Fernando José da Costa, apresentou ontem uma notícia crime para pedir a instauração de de inquérito policial com objetivo de apurar supostos crimes de difamação e uma ameaça feita por Sara Winter contra o tucano no Twitter. No pedido assinado por Costa, há menção do apelido escolhido pela militante coincidir com o nome da Sarah Winter Taylor, uma espiã nazista do século 20.
Ex-feminista, Sara Winter tornou-se bolsonarista e está acampada em frente ao Congresso Nacional com outros militantes de extrema direita. Ela faz parte do grupo que lidera o chamado movimento '300 do Brasil'.
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