DEM e PSDB fecham aliança inédita na Bahia

Por Tiago Décimo
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Um almoço ontem em Salvador selou o acordo entre DEM e PSDB na Bahia, com o objetivo de formar uma aliança para derrotar o governador Jaques Wagner (PT) na eleição do ano que vem. A aliança, costurada na semana passada em São Paulo, com a participação do governador paulista José Serra (PSDB), é a primeira entre os dois partidos na Bahia. Desde que foi criado, em 1988, o PSDB sempre foi contrário ao grupo carlista, comandado por Antonio Carlos Magalhães, principal liderança do então PFL - que passou a se chamar DEM - na Bahia, morto em 2007. "É um acordo histórico", diz o presidente do PSDB baiano, o ex-carlista Antonio Imbassahy. "A aliança foi longamente negociada e montada sob a perspectiva de fortalecer nossa candidatura ao governo federal." "Era o caminho natural, alinhado com a aliança entre os partidos no País", acredita o presidente estadual do DEM e virtual candidato da legenda ao governo baiano, Paulo Souto, ex-governador do Estado. Entre os tucanos, a parceria ainda causa controvérsia. Ontem, o presidente da Assembleia baiana, Marcelo Nilo, entregou sua carta de desfiliação do PSDB. Ele alega não concordar com o acordo e afirma que apoiará Wagner. Entre os partidos que a aliança DEM-PSDB pretende atrair estão o PR e o PMDB. O PT não acredita que a aliança estadual com o PMDB esteja ameaçada. "Estamos trabalhando não só para manter a atual base, mas para aumentá-la", diz o presidente estadual do PT, Jonas Paulo.

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