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DEM e PSDB fecham acordo para atuar contra governo

Apesar das divergências, os dois partidos definem ação conjunta no Congresso

Por Agencia Estado
Atualização:

O DEM (ex-PFL) e o PSDB fecharam acordo para uma atuação conjunta contra o governo em relação a três pontos, no Congresso: 1) aceleração da instalação da CPI do Apagão Aéreo; 2) rejeição do pedido governamental de crédito extraordinário de R$ 7 bilhões; e 3) agilização da votação dos vetos presidenciais ainda não apreciados. O entendimento entre os dois partidos foi selado nesta terça-feira, 24, em almoço oferecido pelo presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), ao presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Também participaram do encontro os líderes dos dois partidos no Senado: Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino (DEM-RN). Na semana passada, Tasso foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, que passou a defender publicamente uma aproximação do governo com a oposição, e vem trabalhando por isso. A visita do tucano surpreendeu o DEM, que não admite subir a rampa do Planalto. O almoço dos dois partidos foi marcado com o objetivo de aparar as arestas entre os dois partidos e afinar o discurso para uma atuação conjunta. Decidiram que, de agora em diante, as divergências deverão ser tratadas a portas fechadas. "Podemos até não estar no mesmo palanque, em 2010, mas, daqui até lá, a ordem é buscar as convergências e minimizar as diferenças", disse, após o almoço, o senador Agripino. O deputado Rodrigo Maia fez declaração semelhante: "O importante é valorizar as convergências e fazer o debate interno, e não pela imprensa", disse. "Somos aliados, mas isso não significa que a gente pense tudo igual. O importante é que as relações políticas e pessoais, no Senado, são excelentes", disse o senador Tasso. O tucano frisou que o objetivo, daqui para frente, é manter um agenda de conversas semanais entre os dirigentes dos dois partidos. "Vamos manter encontros constantes, até para consertar as divergências pelo diálogo", acrescentou o presidente do PSDB.

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