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DEM diz que vai propor demissão da diretoria da Petrobrás

Após procurador-geral da República defender mudanças na estatal, liderança do partido afirma que apresentará sugestão durante apresentação do relatório final da CPI mista

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Por Ricardo Brito
Atualização:

Brasília - A liderança do Democratas na Câmara divulgou nota nesta quarta-feira, 10, em que anuncia que o partido vai propor esta tarde, durante a apresentação do relatório final da CPI mista da Petrobrás, a demissão imediata de toda a diretoria da empresa petrolífera. A sugestão ocorre um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter sugerido, em duro discurso no Dia Internacional contra a Corrupção, a saída de toda a direção da Petrobrás. O parecer da comissão deverá ser apresentado pelo deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI.

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Em nota, o deputado Onyx Lorenzoni (RS) disse que, para recuperar a confiança dos mercados nacional e internacional, "é essencial que toda cúpula da companhia seja substituída". Para ele, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, foi flagrada mentido na CPMI ao falar sobre se sabia das acusações de pagamento de propina a funcionários da estatal no caso envolvendo a SBM Offshore e, por isso, perdeu a credibilidade para conduzir a maior empresa pública do País.

"Durante a CPMI, Maria das Graças Foster mentiu no episódio que envolve a SBM Offshore holandesa. Segundo (ponto), ela hoje acumula uma diretoria que é a diretoria Internacional junto com a presidência, para quê? Será que ela está tentando apagar impressões digitais deixadas por ex-diretores na área internacional que tem vinculações com o PT? Hoje, a ação da Petrobrás vale a quinta parte do valia há cinco anos. Uma presidente que foi flagrada mentindo no Congresso Nacional não tem condições de recuperar a imagem da companhia. Por isso, o único caminho é a substituição", disse o deputado do DEM.

Petrobrás Foto: Fábio Motta/Estadão

Onyx já havia apresentado uma queixa-crime contra Graça no Ministério Público Federal. Em nota já divulgada, a Petrobrás afirmou que não houve qualquer crime da presidente da estatal quando depôs à CPMI. "Até hoje a Petrobrás não conhece oficialmente quem poderia ter recebido o suposto suborno e o respectivo valor", afirmou a estatal.

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