
23 de julho de 2009 | 17h15
Para discutir a possibilidade de apresentar representação ao Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por quebra de decoro parlamentar será discutida pela bancada do DEM no Senado em reunião prevista para a primeira terça-feira de agosto, na volta do recesso.
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A avaliação do líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), é de que a situação de José Sarney no comando do Senado ficou "insustentável" após reportagem do Estado, que revelou diálogos gravados pela Polícia Federal em que Sarney aparece negociando um emprego na Casa para o namorado de sua neta, que acabou contratado por um ato secreto, sem concurso.
Sarney coleciona no Conselho de Ética quatro denúncias apresentadas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e uma representação registrada pelo PSOL, que responsabilizam Sarney pela edição dos atos secretos, usados para nomeações sem concurso público e para beneficiar determinados servidores e parlamentares e por suposta participação de Sarney no esquema de desvio de dinheiro de patrocínio da Petrobras a um projeto cultural da Fundação José Sarney. Se ele for julgado culpado pelos colegas, e a decisão for referendada pelo plenário, Sarney pode perder o mandato de senador e ficar inelegível por oito anos.
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