
01 de dezembro de 2009 | 18h54
A Executiva Nacional do DEM decidiu nesta terça-feira, 1º, dar ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, um prazo de nove dias para se defender contra as acusações de que comandava um esquema de arrecadação e distribuição de propinas a aliados no governo. Após reunião realizada no Senado, os integrantes da Executiva do DEM decidiram abrir processo de expulsão contra Arruda, mas com direito de defesa do governador.
O escolhido para fazer o relatório do processo foi o deputado José Carlos Machado (SE), que deverá apresentar seu parecer no dia 10 de dezembro. Ao final da votação, Arruda poderá tanto ser absolvido quanto expulso do partido. Se os dirigentes do DEM considerarem as explicações do governador convincentes, Arruda poderá ser absolvido ou receber punições mais brandas, como advertência ou suspensão.
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Durante a reunião, os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN), e o líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), votaram pela expulsão sumária de Arruda do partido.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), garantiu que o partido não vai "empurrar" a decisão sobre o destino político de Arruda para além da data apresentada.
Maia negou ainda que o governador tenha feito ameaças a integrantes do partido durante a reunião de segunda-feira, 30, caso fosse expulso sumariamente do DEM.
O presidente da legenda, que é amigo pessoal de Arruda, negou que haja constrangimento na sua situação em conduzir um processo de possível expulsão do governador do partido. "As questões pessoais não passam desta porta para dentro", disse.
O deputado também evitou comentar se a decisão final do partido tende a ser pela expulsão do governador, mas admitiu que será muito difícil para Arruda se defender das acusações. "Esta é uma situação muito difícil e muito difícil de defesa. Esta é uma crise política e as imagens são chocantes", disse.
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