BRASÍLIA – A nova meta fiscal de 2016 que o governo deve apresentar no projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) amanhã, 31, ao Congresso prevê um déficit de "próximo" a R$ 30 bilhões, informaram três fontes fontes envolvidas nas discussões ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. A meta é definida em valores nominais.
A alteração do superávit primário para o ano que vem, antes positivo em R$ 43,83 bilhões (o que corresponde a 0,7% do PIB), visa a acomodar a decisão da presidente Dilma Rousseff de não enviar o Congresso a proposta de criação da nova CPMF, que previa garantir uma arrecadação extra de pelo menos R$ 70 bilhões.
Enviar a proposta ao Congresso já com um déficit foi a forma encontrada pelo Palácio do Planalto para evitar “mascarar” o Orçamento e perder a credibilidade.
A presidente Dilma Rousseff informou o vice Michel Temer, neste domingo, que deixaria explícito o déficit na proposta de Orçamento de 2016. Temer, que já tinha conversado com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apoiou a iniciativa.
Levy chegou a manifestar preocupação a sinalização de novo déficit, por considerar que embute um sinal negativo para o mercado e pode levar o Brasil a perder o grau de investimento, com consequências ainda mais severas para a economia, que já está em recessão.