Defesa pede revogação da prisão de diretores

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Por Fausto Macedo
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Os advogados de quatro dos acusados presos pela Operação Castelo de Areia ingressaram ontem no Tribunal Regional Federal com pedido de habeas corpus para revogação da ordem do juiz Fausto Martin De Sanctis , que consideram "manifestamente injusta e ilegal". Entenda a operação que atingiu a empreiteira Leia íntegra da sentença do juiz Fausto De Sanctis Os criminalistas Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Sérgio Mendonça de Alvarenga pedem liberdade para Fernando Gomes, Dárcio Brunato e Pietro Bianchi, todos diretores da Camargo Corrêa. "A prisão é absolutamente desnecessária", sustentam os advogados. "A extensa decisão ocupa-se na sua maior parte em demonstrar indícios - provas, jamais - das ocorrências delituosas." Mariz e Alvarenga assinalam "ausência de fundamentação quanto à prova da existência do crime". Para eles, "a prisão preventiva é ilegal, pois inexiste prova do crime, e flagrantemente desnecessária, posto que justificada com base apenas em presunções insustentáveis". A defesa ressalta ainda que os diretores da empreiteira "são pessoas de reputação ilibada, sem mácula em seus históricos de vida". Os criminalistas Alberto Zacharias Toron e Carla De Domenico, que defendem Kurt Pickel, atacam a decisão de De Sanctis. "Sem a descrição de uma conduta sequer, a decisão, de forma irresponsável, afirma que há elementos indiciários de que supostos crimes financeiros, em tese, perpetrados por alguns funcionários da Camargo Corrêa, juntamente com Kurt Pickel, poderiam estar sendo motivados para fraudar o sistema eleitoral, com pagamento por fora de valores. Não se pode admitir tal imputação futurista condicionada! A afirmação é leviana e desprendida de qualquer elemento citado na própria decisão."

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