Defesa de Dantas: relatório da PF é 'papelório vazio'

Por AE
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Para o advogado Nélio Machado, defensor de Daniel Dantas, o novo relatório da Polícia Federal é "um papelório requentado, vazio, sem conteúdo, que não resiste a um exame sério". Ele considera que o documento "é uma réplica do anterior (assinado pelo delegado Protógenes Queiroz), é um inquérito maculado desde o início, um devaneio". Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado (PT-SP), indignou-se com a citação a seu nome. "Se a linha do delegado Saadi (delegado Ricardo Andrade Saadi, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em São Paulo) é essa, então não é verdade que ele tenha vindo para desidratar as irregularidades do Protógenes. Está fazendo isso com espírito de corpo, está tentando salvar um inquérito completamente contaminado. Nunca fui intimado para prestar declarações. Eu não falei com políticos nem com a imprensa, como diz o relatório. Não sou lobista, sou advogado de Daniel Dantas." O advogado Marcelo Leonardo, defensor do empresário Marcos Valério, não foi localizado ontem à noite. Valério está preso há 40 dias, na Penitenciária de Tremembé (SP), acusado pela Operação Avalanche por corrupção ativa. Carla Cicco, ex-presidente da Brasil Telecom, não foi localizada. "O relatório é um aprofundamento do que já foi reunido, reforça a investigação em relação aos crimes contra o sistema financeiro, gestão fraudulenta e temerária e evasão de divisas", assinala o procurador da República Rodrigo de Grandis, acusador de Daniel Dantas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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