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Defesa de Cabral diz que entrará com pedido de habeas corpus na próxima semana

Ex-governador teve prisão preventiva decretada ontem na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato.

Por Mariana Sallowicz
Atualização:

RIO - Um dos advogados de Sérgio Cabral, Raphael Mattos, disse em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Agência Estado, que a defesa do ex-governador do Rio entrará com pedido de habeas corpus na próxima semana, “provavelmente no início dela”. Ele representa o peemedebista ao lado dos advogados Ary Bergher e Aristides Junqueira. O político teve prisão preventiva decretada ontem na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato.

“Estamos estudando o processo, passamos o dia hoje centrados na questão do habeas corpus”. Mattos afirmou que o motivo para não ingressar com o recruso ainda é a complexidade do processo. “São dois pedidos de prisão, não é um caso simples”, afirmou. O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão simultâneos, expedidos pelos juízes Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, e Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal da capital paranaense.

Em 17 de novembro,a PF prendeu oex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).Ele é suspeito de comandar uma organização criminosa que recebeu mais de R$ 220 milhões em propinas. Foto: Divulgação Foto: Divulgação

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A respeito do tratamento dado a Cabral, que divide a cela no presídio Bangu 8 com cinco detentos, afirmou que é “condizente com aquele dado a quem tem ensino superior”. O ex-governador está no local com seus ex-secretários e ex-assessores.

Segundo as investigações, o esquema de corrupção, que teria Cabral como o chefe da organização criminosa, desviou ao menos R$ 224 milhões de contratos de quatro grandes obras públicas - Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das Favelas e Comperj - entre janeiro de 2007 e abril de 2014. Os desvios foram apurados em contratos com a Carioca Engenharia e a Andrade Gutierrez. As delações de ex-executivos e sócios das empreiteiras revelaram esquema de mesadas para Cabral em seus dois mandatos que variavam de R$ 200 mil a R$ 500 mil.

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