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Defesa de acusados de matar Marielle pede suspensão do processo

Segundo os advogados,falhas na investigação levantadas pela PGR no pedido de federalização do caso indicariam a necessidade de novos depoimentos

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Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - A defesa do ex-PM Élcio Queiroz e do PM reformado Ronnie Lessa pediu a suspensão do processo em que são acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Segundo os advogados, novas informações sobre falhas e fraudes na investigação levantadas pela então procuradora-geral da república Raquel Dodge no pedido de federalização do caso indicariam a necessidade de novos depoimentos.

“É preciso suspender o processo até que todas essas novas informações sejam apuradas”, afirmou o advogado de Lessa, Fernando Santana.

O policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos(à esquerda), e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, de 46(à direita), presos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes Foto: Polícia Civil/AFP

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No pedido ao juiz, a explicação para a suspensão é: “suspensão do curso do processo até decisão do STJ sobre federalização do caso; reabertura da instrução com oitiva de novas testemunhas; ofício ao STJ, Procuradoria Geral da República e Polícia Federal; e pedido de liberdade dos acusados.”

Com isso, o inquérito foi remetido de volta ao MPRJ.

As supostas irregularidades cometidas pela Polícia Civil do Rio na investigação do caso foram reveladas depois que a Polícia Federal, a pedido da PGR, instaurou um inquérito para apurar obstruções no processo.

“É imperiosa a federalização para unir, de vez, toda a atividade estatal de apuração do mandante dos assassinatos em tela, evitando que a manutenção do inquérito na Polícia Civil possa gerar o risco de novos desvios e simulações”, afirmou Dodge na época.

O STJ deve analisar até dezembro o pedido da PGR para federalizar as investigações.

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