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Decisão judicial retira MST de área produtiva em Pernambuco

Por Agencia Estado
Atualização:

Os integrantes do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que ocuparam ontem o engenho produtivo Capim Canela, no município metropolitano de Moreno, foram despejados na tarde hoje, por força de uma reintegração de posse concedida pelo juiz do município José Anchieta Félix da Silva. Não houve conflito. Os sem-terra não reagiram à ordem judicial, levada por um oficial de Justiça acompanhado de policiais militares. Imediatamente começaram a levantar barracos cobertos com lona do lado de fora da propriedade, bem próximo à cerca, como forma de manter a pressão por mais rapidez do Incra no processo de desapropriação ? já iniciado - de um engenho vizinho, o Contra-Açude. Os sem-terra devolveram as chaves dos tratores que eles haviam tomado no dia anterior para evitar que o engenho continuasse as atividades no plantio da cana-de-açúcar, que domina toda a área da propriedade de Fernando Vieira de Miranda, autor da ação de reintegração. Miranda diz ser dono também do Contra-Açude, reivindicada pelo MST, mas no Incra o imóvel está registrado em nome da Destilaria Liberdade, que faliu. Cerca de 100 sem-terra ligados à Organização da Luta no Campo (OLC) deixaram pela manhã o acampamento montado numa área próxima ao engenho Belo Monte, no município de Quipapá, na zona da mata, e ocuparam a propriedade, que reivindicam há quase dois anos.

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