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Decisão do STF contra mensaleiros 'é um alívio', diz FHC

Ex-presidente critica reforma política 'cosmética' e defende o voto distrital no País

Por Elizabeth Lopes
Atualização:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), do PSDB, afirmou nesta quarta-feira, 29, que o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido abrir ação penal contra os 40 denunciados no chamado esquema do mensalão representa um alívio para a população. Você é a favor ou contra o foro privilegiado?  Passo-a-passo do julgamento do mensalão no STF   Veja os 40 acusados no mensalão  Quem são os 40 do mensalão  Conjur explica diferenças de processo no caso dos mensaleiros  Deputados na mira: os cassados, os absolvidos e os que renunciaram  Entenda: de uma câmera oculta aos 40 do mensalão  "A decisão do STF é um alívio, porque a população precisa acreditar que a lei vale neste País", disse FHC, durante palestra sobre voto distrital promovida pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). No evento, o ex-presidente voltou a falar da importância de se instituir o voto distrital no País. "Choca, por exemplo, algumas regiões de São Paulo não terem deputados que as representem", emendou. E destacou que o sistema eleitoral vem perdendo credibilidade, e que ele pode entrar em colapso. "Por isso, é preciso agir no sentido de instituir o voto distrital", observou, citando como exemplo o caso de Hugo Chávez, na Venezuela. FHC disse também que não adianta realizar uma reforma cosmética do sistema partidário. "Fidelidade partidária é importante, mas só isso não vai mudar o sistema", frisou. Ele brincou ainda ao dizer que, na atual conjuntura, os parlamentares não possuem contato ou vínculo com suas bases, transformando-se em verdadeiros "radicais livres" no Congresso. Além do ex-presidente FHC, participam do evento o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Mario Velloso, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário de Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, o presidente da CACB, Alencar Burti, e parlamentares, dentre outros.

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