Das 11 capitais onde a eleição foi definida no primeiro turno, partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff venceram em apenas duas, ambas na Região Nordeste: Maceió, com Rui Palmeira (PSDB), e Aracaju, com João Alves Filho (DEM).
Nas legendas da base governista, os destaques foram o PSB, com três eleitos, o PT, com dois, e o PMDB, também com dois.
O PSB, partido que mais cresceu em relação a 2008, conquistou Recife e Cuiabá e reelegeu o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. As vitórias nas capitais de Pernambuco e Minas Gerais têm maior peso político não apenas pelo expressivo eleitorado das duas cidades, mas porque houve confronto direto com candidatos do PT.
No segundo turno, o PSB ainda estará no páreo em Fortaleza e em Porto Velho. As duas cidades são hoje governadas pelo PT. Na capital cearense, a prefeita Luizianne Lins conseguiu levar o petista Elmano de Freitas para o segundo turno contra Roberto Cláudio, candidato apoiado pelo governador Cid Gomes. Em Porto Velho, o prefeito petista Roberto Sobrinho - que é mal avaliado pela maior parte da população - não conseguiu emplacar seu candidato na próxima rodada da eleição.
A maior aposta do PT no segundo turno será a capital paulista, onde Fernando Haddad enfrentará o tucano José Serra. Além de Fortaleza, outras duas capitais nordestinas terão petistas na disputa: Salvador e João Pessoa.
Nas duas, os candidatos do PT terão confrontos com seus principais adversários no plano federal: PSDB e DEM. Na capital baiana, Nelson Pelegrino, apoiado pelo governador Jaques Wagner, enfrentará ACM Neto (DEM). Em João Pessoa, Luciano Cartaxo terá como adversário Cícero Lucena.
O DEM, partido que definhou com a debandada de filiados para o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, elegeu apenas um prefeito de capital no primeiro turno, João Alves Filho, em Aracaju. A cidade é hoje governada por uma aliança entre PC do B e PT. O governador de Sergipe, Marcelo Deda, apoiou Valadares Filho (PSB).
É em ACM Neto que o DEM deposita suas maiores esperanças de conquistar uma capital de peso. Salvador é o terceiro maior colégio eleitoral do País.
Foi no Rio que o PMDB teve sua vitória mais expressiva, com a reeleição de Eduardo Paes. Com quase 65% dos votos válidos, ele teve, entre os candidatos nas capitais, a margem mais folgada em relação ao segundo colocado. Marcelo Freixo, do PSOL, ficou com 28%.
Mas o PSOL pode comemorar a classificação de dois candidatos para o segundo turno em capitais - um feito inédito. Em Belém, Edmilson Rodrigues - que já governou a cidade quando era filiado ao PT - terá como adversário Zenaldo Coutinho, do PSDB. E m Macapá, Clécio Luiz enfrentará Roberto Góes (PDT).