O Conselho de Ética do Senado decidiu no fim da manhã desta terça-feira, 05, que o depoimento do empresário José Darci Vedoin, um dos donos da Planam, principal empresa envolvida na máfia das ambulâncias, seria reservado. Os jornalistas foram retirados da sala para o início do depoimento. O advogado de Vedoin, Otto Medeiros, alegou que seu cliente "ficará mais à vontade para falar" em depoimento fechado. Luiz Antonio Trevisan Vedoin, filho de Darci, seria o próximo a depor, também reservadamente. Os depoimentos dos Vedoin ao Conselho de Ética são relacionados aos processos abertos para eventual cassação dos mandatos dos senadores Ney Suassuna (PMD-PB), Magno Malta (PL-ES), e Serys Slhessarenko (PT-MT), acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Durante o depoimento, apenas cinco senadores estiveram no Conselho para ouvir de Darci Vedoin: O presidente, João Alberto (PMDB-MA), e os senadores Jefferson Peres (PDT-AM), Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS), Siba Machado (PT-AC) e Wellington Salgado (PMDB-MG). Na manhã desta terça-feira, em reunião administrativa, o senador Jefferson Peres, que é relator do processo de Ney Suassuna, anunciou que pretende ouvir o depoimento do senador na próxima terça-feira, dia 12 de setembro, e entregar o seu parecer na semana seguinte. Os relatores Demóstenes Torres (PFL-GO), que cuida do caso Magno Malta, e Paulo Otávio (PFL-DF), que cuida do caso de Serys, não estavam presentes nem na reunião administrativa do conselho nem no início do depoimento de Vedoin.