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Dança das cadeiras deve continuar no Ministério do Desenvolvimento Social

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois da tempestade da última sexta-feira, com a demissão da secretária-executiva Ana Fonseca do Ministério do Desenvolvimento Social, devem ser registradas hoje novas movimentações na equipe de Patrus Ananias. Apesar da intenção do ministro de tentar segurar técnicos ligados a Ana Fonseca, o secretário do programa Bolsa Família, André Teixeira, e o diretor do Cadastro Único, Cláudio Roquete, devem pedir para sair. Patrus passou boa parte do dia de ontem em Belo Horizonte e, por isso, ainda não teria feito contatos políticos para definir o substituto da secretária-executiva e nem de mudanças na equipe. A assessores, o ministro disse ter "muitos nomes na cabeça", mas que ainda não tomou nenhuma decisão. Para os cargos mais técnicos, o ministro tem a possibilidade de convocar pessoas das equipes de Porto Alegre e São Paulo, onde o PT perdeu as eleições o que deixará desempregados técnicos experientes. Na Secretaria-Executiva, a tendência de Patrus é tentar alguém com quem possua mais afinidade, possivelmente de Minas Gerais. O prefeito de Governador Valadares, o petista João Fassarela, não reeleito, é uma possibilidade, já que foi apresentado à equipe em reunião na última sexta-feira como um futuro colaborador, mas sem cargo definido. O mais provável, no entanto, é que, por problemas pessoais, Fassarela fique com a coordenação política do ministério, substituindo Elisa Costa, atual coordenadora, que assume em janeiro uma vaga de deputada estadual em Minas Gerais. A exoneração oficial de Ana Fonseca deve ser publicada no Diário Oficial de hoje. Ontem, a secretaria não foi ao ministério. Ana está preparando um relatório de transição para seu futuro substituto, mas preferiu trabalhar em casa. Assessores de Patrus admitem que o ministro esperava segurar Ana Fonseca por mais alguns dias, na intenção de tirar o impacto da decisão e preparar uma nova equipe. A publicidade dos atritos com Patrus, no entanto, terminou por acelerar a exoneração de Ana, já que a secretária já havia dito que não pediria demissão.

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