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Dados de cartões dominarão debate político nesta semana

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Por Redação
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O episódio do suposto dossiê que o governo teria preparado sobre gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso vai dominar o cenário político esta semana. O caso está na esfera da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, um dos nomes mais cotados para a sucessão presidencial no PT. Depois da divulgação pela revista Veja da existência da organização dos dados, a Folha de S.Paulo apontou Erenice Alves Guerra, secretária-executiva da Casa Civil, como tendo ordenado o levantamento de informações para compor um dossiê de despesas com cartões corporativos e contas tipo B (gastos reembolsados a servidores) do ex-presidente Fernando Henrique e Ruth Cardoso. O governo vem admitindo o levantamento da coleta de informações, mas nega a criação de um dossiê. A CPI mista dos cartões corporativos promete aumentar a carga para a convocação de Dilma. Veja a seguir os principais eventos da semana: SEGUNDA-FEIRA -- O presidente Lula cumpre agenda no Rio de Janeiro. Participa da cerimônia de início das obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro em Itaboraí e, em Duque de Caxias, lança obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A ministra Dilma acompanha o presisente Lula. -- O partido Democratas deve entrar com representação contra o presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral por uso indevido de palanques em cerimônias oficiais. -- O PSDB deve pedir à Procuradoria-Geral da República a instauração de inquérito contra a ministra Dilma Rousseff e sua secretária-executiva Erenice Alves Guerra nos episódios relacionamentos ao vazamento dos dados sobre despesas com suprimento de fundos no governo Fernando Henrique Cardoso. TERÇA-FEIRA -- O presidente Lula participa pela manhã de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), coordenada pelo ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). Na primeira reunião deste ano, os temas são perspectivas de crescimento da economia brasileira e a crise norte-americana. A reforma tributária também está na pauta. -- Pela manhã, Lula comparece à reunião semanal de Coordenação Política e no fim do dia recebe líderes da base aliada. -- Sessão da CPI dos Cartões Corporativos não tem depoentes e deve votar requerimentos como pedidos de informação à Casa Civil e a convocação de integrantes do governo. -- O relator da comissão que analisa mudanças na tramitação das medidas provisórias, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), adiou para esta semana a divulgação de seu relatório. Ele disse que ainda não há consenso em itens básicos como prazo de vigência que hoje é de 120 dias. Há propostas de 175 a 205 dias. O fim do trancamento está acertado, mas a prioridade de votação deve permanecer de outra forma. A Comissão de Constituição e Justiça deve ter dez dias para avaliar uma MP. -- A Câmara dos Deputados tem na fila 13 MPs, entre elas a que elevou a alíquota da CSLL, enquanto no Senado são cinco. QUARTA-FEIRA -- O presidente Lula recebe a visita de Estado do presidente da Eslovênia, Danilo Turk. -- A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara vota parecer do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) sobre a reforma tributária. Entre as modificações do relator, Estados exportadores de petróleo e energia elétrica passam a recolher 2 por cento de ICMS quando venderem seus produtos a outros Estados. A medida contraria o projeto do governo, que não prevê a cobrança do ICMS na origem. QUINTA-FEIRA -- O presidente Lula deve viajar ao Rio Grande do Sul para lançamento de obras do PAC e visita, em Rio Grande (RS), a obras de plataformas da Petrobras. SEXTA-FEIRA -- O presidente Lula recebe o presidente da Guatemala, Álvaro Colom. (Reportagem de Carmen Munari; Edição de Eduardo Simões)

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