Dado mostra que não houve encontro com Dilma, diz Jucá

PUBLICIDADE

Por BRASÍLIA
Atualização:

Depois de se reunir com o comando de segurança dos três palácios presidenciais - Planalto, Alvorada e Jaburu - e da Granja do Torto, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), subiu à tribuna ontem para exibir registros de quatro visitas da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira ao Planalto, em 9 de outubro de 2008 e em outras ocasiões entre fevereiro e maio deste ano. Jucá explicou que os registros apontam apenas o horário de entrada e saída no prédio. Não esclarecem com quem Lina esteve nem os gabinetes visitados por ela. A ex-secretária diz ter ouvido da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no final do ano passado, um pedido para agilizar investigações da Receita sobre negócios da família Sarney. "Considerar outubro final do ano é forçar a barra. Acho que esta audiência não aconteceu, o que está comprovado nos registros", disse Jucá. A interpretação foi contestada por outros senadores. "A única coisa que ficou comprovada é que a ex-secretária esteve no Planalto não uma, mas quatro vezes", concluiu o senador Pedro Simon (PMDB-RS). O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) avaliou que o objetivo do líder ao confirmar visitas de Lina foi outro. "Jucá cumpriu tabela e preparou terreno para diminuir o impacto da revelação futura de que o encontro realmente aconteceu". Em seu discurso, o líder explicou que o governo fez uma licitação e contratou a empresa Telemática Sistemas Inteligentes para prestar dois tipos de serviço de segurança. Fazer o controle de acesso em áreas restritas, com banco de dados, e monitorar as imagens gravadas por 220 câmaras nos três palácios e pela Granja do Torto. Segundo Jucá, apenas os dados escritos, como placas de carros e nomes de visitantes, são mantidos por seis meses no banco de dados e depois transferidos para uma unidade de back-up. O senador também mostrou cópia do contrato com a prestadora de serviços em que fica estabelecido que o banco de dados das imagens deve ser mantido por 30 dias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.