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CUT quer negociação salarial para debater direito de greve

A declaração do ministro Paulo Bernardo de que o governo vai proibir paralisações em setores essenciais causou repúdio nas centrais sindicais

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos, condicionou o debate sobre a regulamentação do direito de greve no setor público ao estabelecimento da negociação salarial para os servidores. Nesta sexta-feira, 2, o ministro do Planejamento Paulo Bernardo disse que vai chamar as centrais sindicais para negociar a regulamentação do direito de greve e disse que o governo vai proibir paralisações em setores essenciais. "Não existe proibição de greve, é uma coisa que vai ser negociada ainda", disse o dirigente, ao informar que já houve uma primeira reunião da CUT com o ministro Paulo Bernardo na semana passada e há outra marcada para a semana que vem. "Não tem lei de greve se não tiver garantia da regulamentação de negociação coletiva", completou. O presidente da CUT afirmou que os servidores públicos, cujos sindicatos são filiados majoritariamente à central, realizam greves exatamente porque não dispõem de mecanismos comuns aos trabalhadores da iniciativa privada, como data-base para reajustes salariais. A negociação coletiva para os servidores, diz Santos, é bandeira histórica da CUT. A CUT admite que no serviços essenciais uma parte dos trabalhadores deve garantir o funcionamento das atividades durante greves. Para o sindicalista, as declarações de Paulo Bernardo são uma reação às greves de servidores. "Todos os anos do governo do Lula teve greve." A Força Sindical também defendeu a greve dos trabalhadores de setores essenciais. "A Força Sindical repudia a posição do ministro Paulo Bernardo, que quer proibir paralisações de trabalhadores em setores essenciais, na regulamentação do direito de greve previsto na Constituição", diz João Carlos Gonçalves, secretário-geral da central, em nota.

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