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CUT propõe dez anos de transição na reforma

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, avalia que as negociações em torno da reforma previdenciária deverão avançar nos próximos dias em torno da adoção de um regime de transição que garanta aposentadoria integral aos servidores públicos da ativa, mas não para os futuros contratados pela administração pública. "Estamos abertos à negociação e um dos pontos possíveis de se tratar é o período de transição para que os atuais servidores tenham a possibilidade de integralidade salarial na aposentadoria", disse ele à Agência Estado. Segundo Marinho, os atuais servidores apresentam o argumento, "com certo sentido até", de que ingressaram no serviço público com a perspectiva de aposentadoria integral e mudar esse sistema, nesse momento, "seria o mesmo que alterar a regra do jogo com a partida em andamento". "Isso é compreensível, mas os novos contratados deverão ter ciência de que o sistema será outro", argumentou. O sindicalista acredita que um período de dez anos seria suficiente para a transição. "Mas não é possível pensar em casos especiais, especialmente o dos magistrados, e esquecer outros segmentos que ganham menos", ressalvou. A sugestão da CUT é de que a transição seja estendida também à idade mínima de aposentadoria e também ao teto de aposentadoria, sugerido em R$ 4,8 mil pela central. "O governo tem que estar sensibilizado para negociar todos esses pontos", afirmou. O presidente da CUT disse ainda que esses aspectos serão discutidos de forma definitiva no encontro agendado para a próxima terça-feira, dia 15, em Brasília com o relator da reforma, deputado José Pimentel (PT-CE) e demais lideranças partidárias, além de representantes do governo, como o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini.

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