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CUT e partidos de esquerda apóiam polícia baiana

Por Agencia Estado
Atualização:

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista do Brasil (PC do B) estão apoiando e dando todas as condições materiais para os policiais baianos em greve. Desde o início, apesar de sofrerem com a repressão da Tropa de Choque nas manifestações contra o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), os partidos e entidades de esquerda colocaram seus equipamentos à disposição dos grevistas, apostando no desgaste que um movimento desta ordem provocaria no governador César Borges (PFL). O Sindicato dos Bancários da Bahia (ligado à CUT) cedeu o Ginásio de Esportes da entidade para as primeiras assembléias dos policiais militares e seus familiares e sugeriu transformar o local no quartel general do movimento. Nas passeatas dos grevistas, novamente o sindicato emprestou o carro de som para os revoltosos, o mesmo veículo apreendido muitas vezes pela própria PM em atos contra o governo baiano. Quando os policiais militares resolveram se aquartelar, tomando os quartéis de Salvador, os oposicionistas garantiram todas as condições operacionais para a ocupação. A CUT e os partidos de esquerda arrecadaram dinheiro entre seus militantes para comprar alimentos, entregues aos rebelados e seus familiares. Tornou-se comum os deputados estaduais da oposição como Moema Gramacho (PT) receber telefonemas dos grevistas pedindo para comprar leite, vinagre e outros gêneros. "Apoiamos desde o inicio os companheiros e vamos continuar assim até fim", disse a deputada, achando que depois do caos ocorrido no Estado em função da greve, as oposições estão em condições de vencer a eleição pela sucessão estadual do próximo ano. Desde 1990, a Bahia é governada pelo grupo de ACM.

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