CUT e Força criticam aumento salarial a deputados

Para os metalúrgicos, "vergonha é ver que o aumento foi tratado com a máxima urgência, enquanto o reajuste do salário mínimo caminha a passo de tartaruga"

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgicos da Força Sindical divulgaram notas nesta sexta-feira protestando contra o aumento salarial do Legislativo Federal. Para a CUT-SP, o "super aumento é injustificável", enquanto que o Sindicato dos Metalúrgicos classifica como "vergonhoso" o reajuste de 91% nos salários dos deputados federais e senadores. Segundo a nota da CUT-SP, a entidade está orientando os trabalhadores dos 330 sindicatos filiados de São Paulo a mandarem e-mails e telefonarem para os parlamentares manifestando sua indignação e cobrando uma "prestação de contas" das realizações e projetos. A central afirma, ainda, que o aumento é um "absurdo, porque enquanto os parlamentares elevam o seu próprio salário em 91%, querem conceder um pífio reajuste de 8% no salário mínimo, que passaria de R$ 350 para R$ 375". A central ressalta também que "tudo indica que o novo reajuste terá um efeito ´cascata´ nos salários dos parlamentares das Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas de todo o País". Para o Sindicato dos Metalúrgicos, "vergonha igual é ver que o aumento foi tratado com a máxima urgência, enquanto as negociações para o reajuste do salário mínimo em míseros R$ 15, R$ 25 ou R$ 70 - como reivindicam os trabalhadores e aposentados - caminham a passo de tartaruga por total falta de vontade e sensibilidade dos nossos governantes e políticos".

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