CUT ameaça entrar com ação contra racionamento

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CUT, João Felício, ameaçou hoje entrar com ações judiciais contra o plano de racionamento anunciado hoje pelo governo federal. "Ainda vamos fazer uma avaliação mais cuidadosa das medidas, mas onde houver brechas nós vamos entrar com ações judiciais", avisou. Segundo Felício, nenhuma das medidas apresentadas hoje procura garantir o emprego dos trabalhadores. "Se houver necessidade de racionamento nas fábricas, não tenho dúvida de que vão mandar a gente embora", acredita o presidente da CUT. "O governo está tratando a população como trabalhadores de segunda classe. Somos os feios, sujos e malvados". Ainda sobre o plano de racionamento, Felício disse que "salta aos olhos que, depois do caso do FGTS, novamente a classe média será punida". Para o sindicalista, "é bastante precipitado o cálculo do governo de que 70% da população não vai pagar multa." Para Felício, a crise energética vivida pelo País é fruto do modelo de privatização adotado pelo governo. "Eles privatizaram barato as coisas e não fizeram investimentos. Agora, vão meter a mão no bolso da classe média", ataca. Os sindicatos filiados à CUT realizaram hoje uma passeata pelo centro de São Paulo para protestar contra a crise energética e pela CPI da Corrupção. Neste sábado, os dirigentes da CUT terão uma reunião com os metalúrgicos do ABC para analisar os impactos do racionamento. No encontro, será discutida a possibilidade de realizar um grande ato contra o plano energético.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.