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CUT alega que patrocínio foi ''''investimento comercial''''

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Por Rosa Costa e Guilherme Scarance
Atualização:

A Central Única dos Trabalhadores (CUT)informou ontem que o patrocínio do Banco do Brasil ao 8º Congresso Nacional da entidade, em 2003, foi um "investimento comercial". Por carta, a central reagiu às suspeitas levantadas pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que pediu auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB - mantidos sob sigilo desde a CPI dos Correios - e ainda vai apresentar projeto de lei para definir como essa verba deve ser partilhada. Segundo Dias, a CUT, aliada histórica do PT, recebeu R$ 500 mil. "O banco manteve um estande na área do evento, onde divulgou e comercializou produtos e serviços. A marca também foi divulgada em materiais impressos da CUT que percorreram todo o País", diz a carta. "Sua participação foi um investimento comercial, com o objetivo de se aproximar da base da CUT - mais de 3.400 sindicatos, mais de 7,5 milhões de sindicalizados e mais de 22,4 milhões de trabalhadores na base." O BB também alegou objetivo comercial. Dias afirmou, porém, que houve desrespeito às diretrizes para patrocínio - atender a "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional" - e sugeriu influência de interesses partidários ou privados. Em 2003, quando o BB patrocinou o evento da CUT, uma agência de publicidade de Marcos Valério - tido como um dos mentores do mensalão - tinha contrato com o banco. O senador disse ontem que continua sem resposta o pedido de informações que encaminhou à Caixa Econômica Federal (CEF) sobre verbas de patrocínio. Segundo ele, auditoria do TCU encontrou "inúmeras irregularidades" também nesse banco.

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