PUBLICIDADE

Custos com dengue chegam a R$ 2 milhões em janeiro no RJ

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O diagnóstico e o tratamento de pacientes com dengue custaram em janeiro aos cofres do Estado do Rio cinco vezes mais do que no mesmo mês de 2001. Foram R$ 2 milhões - R$ 900 mil com internações e R$ 1,1 milhão em exames - em janeiro deste ano, ante R$ 400 mil no primeiro mês do ano passado. A explosão, já esperada, é fruto do recrudescimento da epidemia no Estado, que até agora conta com 53 mil casos. As comparações assustam. Os gastos que o Estado teve em janeiro com internações das pessoas com dengue superam em quase R$ 200 mil o que o Ministério da Saúde teve de desembolsar com as internações causadas pela doença em todo o País, durante o ano de 1998: R$ 706.801,00. Os R$ 2 milhões seriam, ainda, suficientes para cobrir todos os custos da Superintendência de Controle de Endemias durante um mês no Estado de São Paulo. "Essa verba bastaria para arcar com todos os custos, incluindo os salários dos funcionários", calcula o superintendente da Sucen de São Paulo, Luiz Jacintho da Silva. "E o trabalho não é só para prevenção de dengue, mas de uma série de doenças infecciosas, como malária e leishmaniose." O secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirma que, por enquanto, o ministério não está preocupado com os gastos de internação por pacientes de dengue, pois representam muito pouco diante do que é gasto mensalmente para as demais internações. "Poucos são os pacientes que precisam ser internados", lembra. Ele reconhece, no entanto, que a tendência natural é de esse gasto aumentar, ao longo dos anos. "Quanto mais antiga a epidemia, maior o risco de termos dengue hemorrágica", diz. O aumento da circulação do vírus 3, mais agressivo, também pode elevar esses números. Embora pouco significativa diante dos números globais, Gabbardo dos Reis admite que essa verba representa um gasto com o qual o governo não contava. Ele acrescenta ainda que municípios e Estados recebem um impacto econômico maior com a epidemia, pois são eles que arcam com os custos de tratamento ambulatorial e com os exames. "Essa foi uma das razões de aumentarmos o reembolso para o tratamento e criarmos um programa de socorro para municípios em epidemia." Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Barjas Negri, antecipou o terceiro repasse de verbas aos Estados e municípios. São R$ 43 066 milhões, que serão usados para custear contratação de pessoal, capacitação profissional e equipamentos. O Rio receberá R$ 3,8 milhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.