Curso técnico vira trunfo para ganhar jovens eleitores

Por AE
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Na corrida pelo voto do eleitorado jovem, que responderá nesta eleição por quase 20% dos votantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), reservaram para este ano números recordes de inaugurações e de recursos para a rede de ensino profissionalizante. Anunciados como oportunidades reais de emprego ao fim dos estudos, os cursos técnicos são hoje centro de uma competição silenciosa entre as duas gestões.Lula, principal cabo eleitoral da ministra Dilma Rousseff, e Serra, provável presidenciável tucano, prometem um ritmo de entrega de escolas técnicas superior ao registrado até agora. O Ministério da Educação, por exemplo, quer concluir até dezembro 99 unidades no País. É quase o total de escolas (115) que Lula inaugurou em sete anos de gestão. Se a promessa for cumprida, serão 354 ao final do governo - antes de Lula eram 140. Em São Paulo, o tucano quer pôr em funcionamento 21 novas unidades este ano, quatro a mais do que seu recorde anterior, de 17 escolas, em 2009. Hoje são 181 em funcionamento.Segundo estimativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), jovens entre 16 e 24 anos corresponderão a 23 milhões de eleitores em outubro. Essa foi uma das faixas etárias em que Dilma registrou maior crescimento na última pesquisa Datafolha.Ambos também foram generosos na liberação de recursos no último ano de governo para a manutenção e expansão da rede de ensino profissionalizante. Na esfera federal, o orçamento para o setor cresceu 28% de 2009 para 2010, ultrapassando a cifra de R$ 2 bilhões. No início do segundo mandato de Lula, a área não tinha nem metade disso.No governo paulista, a previsão é aplicar R$ 1 bilhão neste ano, o mesmo valor de 2009 e mais que o dobro do montante investido no primeiro ano da gestão, algo em torno de R$ 460 milhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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